quinta-feira, 27 de março de 2014

No íntimo da sensatez

        

   
    
    
       
      Nessas horas de trocas de pensamentos em que eu deixo de recordar do meu e teimo em querer morrer, me pego a pensar o que seria da minha pobre alma se de amor eu morresse? Sem saída para esse amor mal resolvido a morte seria então minha solução e por me conformar assim com esse destino comecei a refletir.
     A curiosidade estremece meu ser em saber quem iria perder um pouquinho do seu tempo indo ao meu enterro se despedir de mim. Será que cativei pessoas o suficientes para no meu enterro chorar, levar flores...
     Morrer seria uma ótima forma de descobrir quem realmente gostava de mim na vida terrena, e o mais importante a culpada de todo esse episódio será que também dará uma passadinha por lá e deixar cair pelo menos algumas lágrimas?
     Parece que a morte é realmente uma forma de desvendar esses mistérios, apesar de definitivo, é nobre quem um dia de amor morre. E ainda vão lembrar de mim:  - Sabe fulano de tal? Então, morreu de amores. Mas do que digno ser lembrado como um eterno apaixonado, isso eu levo como prêmio.


 P.S: Este texto foi escrito inspirado em um poema de Vinicius de Moraes - A hora íntima, para um trabalho de faculdade.

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