A sociedade tem o seu ideal de felicidade pronto, feito em
fôrma, e cada indivíduo que nasce é obrigado a se encaixar nela, mesmo que para
isso tenhamos que ganhar e perder um pouco da essência de nós mesmos.
A busca do ser feliz é constante, creio sim, que essa busca
que nos motiva a viver, até porque nem a felicidade se contentar em ser
sozinha, para ter sentindo ela precisa vir acompanhada de sonhos, só com essa
junção é que dá gosto . Alguns poucos vivem na contra mão disso tudo, e são
taxados como loucos, irresponsáveis, entre outros adjetivos do tipo.
Mas a verdade é que é pesado não seguir o protocolo, o
julgamento alheio vem com tanta força que você já não consegue separar a sua
vontade da opinião dos outros.
E se eu quisesse não seguir essa regra? De estudar quase a
vida toda, para assim (espero) ter um bom emprego, ganhar um salário digno (no
mínimo). E se eu quisesse ao contrário disso juntar meus trapos com o primeiro
amor, morar numa casinha, viver na simplicidade, na paz, longe da tecnologia,
da cidade barulhenta? Ah quem diga que a felicidade é simples, mas é difícil
ser assim: simples, sem se sentir diferente dos que buscaram outra realidade.
Vou ser covarde e dizer, que queria mesmo me contentar com
essa tal simplicidade, mas que o medo e toda formação do meu eu, me impedem de
saber se isso tudo me faria mais feliz. Mas o bom é que, a gente sempre
encontra uma brecha de felicidade independente das nossas escolhas.